Mobilidade

Uma rótula, por favor

Acesso da João Jacob Bainy à avenida 25 de Julho transtorna motoristas

Ígor Islabão -

Se por um lado o asfaltamento da rua João Jacob Bainy agilizou o acesso entre os bairros Fragata e Três Vendas, ligando a Zona Oeste à Zona Norte de Pelotas, outros problemas vêm tirando a paciência dos motoristas que circulam pelo local. Lentidão no trânsito, dificuldade para acessar a avenida 25 de Julho, engarrafamento de mais de um quilômetro, infrações de trânsito e falta total de sinalização são apontados pelos condutores que encaram o caos diariamente. A Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) projeta uma rotatória para o local.

A equipe do Diário Popular foi conferir e tão logo chegou no cruzamento da rua com a avenida, por volta das 8h, quase presenciou um acidente entre um carro e uma moto. Como a avenida 25 de Julho é mão dupla, veículos que trafegam no sentido contrário entram na Jacob Bainy quase que simultaneamente. O condutor da moto, de 27 anos - que preferiu não se identificar -, parou para respirar fundo após o susto. “Uma rótula na Jacob com a 25 ajudaria a melhorar o fluxo”, disse.

O supervisor de vendas Charles Neto, 55, que encara o trânsito lento e caótico esporadicamente, arrisca: “Está mais rápido trafegar pela avenida Fernando Osório”. Para não atrapalhar ainda mais o trânsito, a reportagem ouviu reclamações dos condutores a distância: “Só a rótula não vai adiantar”...”Precisa um semáforo de três tempos”...”A partir das 17h30, o trânsito fica totalmente parado. A fila vai até a Francisco Caruccio. Venham aqui olhar...”, convidou. 

Para aliviar a tensão, o famoso sinal de positivo com a mão ou um toquezinho de buzina até ajuda na organização do trânsito, mas não impede a fila propícia para as infrações, como motociclistas na contramão.

Mudança de rotina
Com o aumento populacional na região após o lançamento de pelo menos quatro condomínios e mais um à vista, e o intenso fluxo de veículos no local, uma antiga moradora da Jacob Bainy precisou mudar a rotina para não perder a paciência. Ela também não quis ser identificada para poder falar todos os problemas observados. “Não consigo sair e entrar em casa das 6h às 8h e a partir das 17h30. Fora o sono perdido por causa do barulho”, dispara.

Conforme a moradora, os dez minutos que levava para chegar ao Centro antes do asfaltamento agora se transformaram em 45 minutos. “As calçadas não são adequadas para os pedestres e só há duas faixas de segurança, uma na frente de cada condomínio.” Para não ficar só nas desvantagens - uma vez que o asfalto na rua era uma demanda antiga dos moradores -, ela aponta como solução a instalação de quebra-molas ao longo da pista.

Solução
O titular da SMTT, Flávio Al-Alam, reconhece o problema e tem em mãos um projeto pronto de uma rotatória, considerada a alternativa mais apropriada, uma vez que nos períodos de pouco movimento o trânsito fluirá normalmente. “A intervenção, no entanto, requer uma obra de construção civil, orçada em R$ 120 mil”, diz o secretário.

Segundo Al-Alam, seria preciso aumentar o espaço físico, o que exigiria pavimentação e drenagem, além da compra de meio-fio. “Essa obra não está incluída no PAC, com a rotatória da avenida Francisco Caruccio com Jacob Bainy, que recebeu asfalto a partir da rua Santiago Dantas. Então estamos negociando com a Secretaria de Planejamento e Gestão.” O prazo estimado pelo secretário é de 30 dias. O secretário de Planejamento e Gestão, Paulo Morales, explica que para fazer a rotatória ideal, a exemplo da entrada do Laranjal, o orçamento ficaria bem maior.

Se não tiver recursos, o plano B das secretarias de Trânsito e de Planejamento é instalar um semáforo de três tempos. “Neste caso, no período de pouco tráfego, os motoristas serão obrigados a ficar parados até o sinal liberar”, explica Flávio Al-Alam.

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